A escola processual aproxima-se das ciências sociais, da psicologia e sociologia em particular. O seu estudo incide sobre os actos de comunicação.
A escola semiótica aproxima-se da linguística e das disciplinas de arte. O seu estudo tende a debruçar-se sobre os trabalhos de comunicação.
Quanto à interpretação da nossa definição de comunicação como interacção social através de mensagens, a escola processual define essa interacção social como o processo pelo qual uma pessoa se relaciona com outra ou afecta o comportamento, estado de espírito ou reacção emocional de outra e, é claro, vice-versa.
A semiótica, por seu lado, define interacção social como aquilo que constitui o membro de uma cultura ou sociedade determinadas.
Relativamente à forma como entendem o que constitui uma mensagem, esta é também fonte de divergência. Para a escola processual, a mensagem é o que é transmitido pelo processo de comunicação. Muitos dos seus seguidores consideram que a intenção é um factor crucial para decidir sobre o que constitui uma mensagem. A intenção do emissor pode ser explícita ou implícita, consciente ou inconsciente, mas tem que ser recuperável através de análise. A mensagem é o que o emissor nela coloca, independentemente dos meios utilizados.
Para a semiótica a mensagem é uma construção de signos que, pela interacção com os receptores, produzem significados. O emissor definido como transmissor da mensagem perde importância, a ênfase vira-se para o texto e a forma como este é "lido". Ler é o processo de descobrir significados que ocorre quando o leitor interage ou negoceia com o texto e tem lugar quando este traz aspectos da sua experiência cultural e os relaciona com os códigos e os signos que formam o texto. Envolve também um entendimento comum acerca do que o texto trata. Assim, leitores com experiências sociais diferentes ou de diferentes culturas poderão encontrar significados diferentes no mesmo texto. A mensagem não é algo enviado de A para B, mas sim um elemento numa relação estruturada cujos outros elementos incluem a realidade exterior e o produtor/leitor. A produção e leitura são vistas como processos paralelos, se não idênticos, por ocuparem o mesmo lugar nesta relação estruturada. Esta estrutura não é estática, mas sim uma prática dinâmica, podendo ser representada por um triângulo no qual as setas representam uma interacção constante.